Durante a síntese, são realizadas manobras manuais e instrumentais destinadas a restituir a continuidade anatômica e funcional dos tecidos, que foram separados na cirurgia ou por traumatismo.
As suturas podem ser classificadas quanto à junção das bordas, quanto à inclusão das camadas e quanto à sua continuidade.
Quanto à junção das bordas:
1. Coaptante: ocorre a aproximação das bordas da ferida, sem deixar desníveis entre as mesmas, com o objetivo de manter a integridade anatômica e funcional do tecido;
2. Inversante ou invaginante: ocorre a justaposição das bordas, que ficam reviradas para fora. É indicada para a oclusão de vísceras ocas;
3. Eversante ou evaginante: ocorre a justaposição das bordas pela face externa com o objetivo de isolar a parte interna da sutura. É indicada para suturas vasculares ou de tensão;
4. Sobreposição: ocorre a sobreposição de uma borda sobre a outra com o objetivo de aumentar a superfície de contato, gerando uma cicatriz mais resistente. Utilizada em eviscerações, eventrações e redução do anel herniário umbilical.
Quanto à inclusão das camadas:
1. Contaminante: quando a sutura inclui todas as camadas do órgão, desde a serosa até a mucosa, entrando na luz do órgão suturado;
2. Não contaminante: quando não há comunicação com a luz do órgão, incluindo as camadas: sero-serosa, sero-muscular, sero-submucosa.
Quanto à continuidade
1. Interrompida: quando o fio é passado, amarrado e cortado individualmente;
2. Contínua: quando o fio de sutura é passado alternadamente entre as duas bordas do tecido.