
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Núcleo de Informática na Educação Especial (NIEE)
Grupo de investigação com foco em pesquisas para o desenvolvimento de tecnologiase para a formação
de professores para a inclusão sociodigital e escolar de pessoas com deficiência.
Sobre o NIEE
objetiva o desenvolvimento de tecnologias digitais acessíveis, implementadas em software livre, buscando, estudar, desenvolver e avaliar recursos digitais para impulsionar o processo de inclusão sociodigital para pessoas com deficiências. A modelagem dessas tecnologias observa, criteriosamente, as recomendações da Web Content Accessibility Guidelines (WCAG), atualmente em sua versão 2.0, da Accessible Rich Internet Application (ARIA), estabelecidas pelo consórcio W3C, a partir da criação da Web Accessibility Initiative (WAI). No elenco das altas tecnologias implementadas, destaca-se: (1) Eduquito v 1.0 – Ambiente Virtual de Aprendizagem Acessível que tem como proposta básica projetar um espaço virtual de inclusão digital para que pessoas, com e sem deficiência, possam exercer sua cidadania em termos de convivência e desenvolvimento de projetos colaborativos, permitindo desenhar atividades prazerosas para motivar processos criativos de construção e de socialização de saberes; (2) Bate-papo falado (EVOC), sistema de chat não textual para potencializar a comunicação síncrona de pessoas cegas ou com baixa visão, ampliando as possibilidades de interação e de construção de conhecimento; (3) Teclado Virtual para a Escrita de Sinais, software modelado para ampliar os recursos de produção e de comunicação para pessoas surdas; (4) Oficina Multimídia, Blog e Quadro-Branco, sistemas acessíveis implementados sob os princípios da Web 2.0, com o objetivo de impulsionar espaços de autoria e de protagonismo individual e coletivo; (5) PROUCA/UCA Total, pesquisa que analisou a perspectiva técnica-pedagógica da ação governamental para promover a configuração tecnológica 1:1, problematizando a relação laptops educacionais e estudantes com deficiência e discutindo as contemporâneas políticas públicas estruturam o processo de escolarização brasileiro, em sua dimensão inclusiva e tecnológica; (6) Sistema e-Learning Place, uma interface para cursos na modalidade EAD, para participantes com e sem deficiência.
eixo que assume como escopo forjar um espaço de verificação e de validação da usabilidade e da acessibilidade das tecnologias desenvolvidas pela equipe do NIEE, bem como, desencadear um estudo aprofundado dos processos de interação/mediação de pessoas com deficiência com tecnologias digitais acessíveis. Objetiva assim, mapear os movimentos de inclusão sociodigital no cenário sociocultural brasileiro.
estabelece como escopo a formação de educadores da educação básica, em escolas públicas brasileiras e, também para educadores de países ibero-americanos, no âmbito das tecnologias digitais acessíveis, para a concretização da contemporânea configuração da escola, em sua perspectiva tecnológica e Inclusiva.
Histórico
O NIEE foi criado com a transformação do CIES/EDUCOM. Ao longo das duas décadas de atuação desenvolveu experiências, pesquisas, softwares e formação de recursos humanos na área de Informática na Educação Geral e Especial. O início do EDUCOM na Faculdade de Educação da UFRGS, ocorrido oficialmente em 1984, teve como infraestrutura um ambiente de exploração dos recursos computacionais no processo de ensino e aprendizagem, que remonta ao ano de 1976, quando já se utilizavam os pacotes estatísticos computacionais como ferramentas no ensino das disciplinas de Métodos Quantitativos, para os alunos de mestrado. Evoluiu-se então para explorações desse recurso tecnológico utilizando-se o computador na avaliação formativa de alunos de graduação dos cursos de informática, resultando na primeira tese de doutorado no gênero no país, cujo sistema foi desenvolvido em computador de grande porte pela inexistência no Brasil de microcomputadores. A partir dessa experiência que foi desenvolvido o Sistema de Autor CAIMI, software premiado no Congresso Nacional do Sucesu em 1982, sendo também, o primeiro trabalho nacional nesse gênero, com preocupações educativas. Apesar de todas suas limitações ele foi bastante utilizado em escolas de ensino médio e no ensino superior. Esse background possibilitou sediar o EDUCOM na UFRGS, com grupos interdisciplinares de pesquisa.
Tendo o MEC desativado o PRONINFE, que se constituía no programa coordenador de Informática na Educação do país, os EDUCOM deixaram de existir como tal. A UFRGS, pela importância do EDUCOM/FACED, tanto no cenário nacional como internacional, assumiu o Centro, através da Pró-Reitoria de Recursos Humanos e de Serviços à Comunidade Universitária, transformando-o no Núcleo de Informática na Educação Especial. Usando-se de toda infra-estrutura já existente, bem como da direção que os trabalhos vem sendo desenvolvidos. Focalizando a Educação Especial, o NIEE passa a ser a nova denominação e a nova configuração do centro com os mesmos propósitos que já vinha desenvolvendo em suas atividades.
O NIEE integra-se à Rede Iberoamericana de Informática na Educação, que envolve 21 países, desenvolvendo projetos na área de Produção de Software e Hardware, Educação Especial e Formação de Recursos Humanos em nível de Pós-Graduação. Nesses projetos, que já envolveram países como Espanha, Portugal, Uruguai, Argentina, Cuba, Chile, Paraguai, Equador e Colômbia, em termos específicos, e os 21 paises iberoamericanos, em termos gerais, seguem os intercâmbios entre especialistas, pesquisadores e professores, bem como de alunos em nível de Doutorado/Mestrado, atestando um reconhecimento internacional do know-how e background do grupo do NIEE.
No XX Simpósio Brasileiro de Informática na Educação a equipe do NIEE foi premiada pelo artigo “AVA inclusivo: validação da acessibilidade na perspectiva de interagentes com limitações visuais e auditivas”, de autoria de Lucila Santarosa, Debora Conforto e Lourenço Basso.