Me Conta: Sociobiodiversidade
O ME CONTA Sociobiodiversidade 2021 é um projeto do AsSsAN Círculo da UFRGS e da Associação Cultural Vila Flores, em parceria com o coletivo holandês WeTheCity, Coletivo Maria da Paz, Cadeia Solidária das Frutas Nativas, Rota dos Butiazais, PAN Lagoas do Sul e PAT Planalto Sul. Ele é viabilizado com recursos do Projeto PANexus: Governança da sociobiodiversidade para a segurança hídrica, energética e alimentar na Mata Atlântica Sul, através da Chamada Nexus do CNPq e Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações.
Ele tem como objetivo incentivar propostas que tornem a sociobiodiversidade presente no cotidiano das pessoas, a partir de suas diferentes manifestações. As propostas iniciativas devem promover a sociobiodiversidade por meio da gastronomia, arte, artesanato, empreendedorismo, conexão das matas ao cotidiano, buscando sensibilizar, criar e/ou fortalecer cadeias inclusivas, justas e sustentáveis, fortalecendo um padrão de consumo sustentável.
Nesse evento online, 12 projetos brasileiros vão compartilhar suas ideias e por que elas são importantes para um mundo mais sociobiodiverso. As 4 propostas mais votadas pelo público receberão R$ 2.000,00 + o valor arrecadado com ingressos, tendo como única contrapartida, um mês depois, os idealizadores das propostas beneficiadas contam como está o andamento do projeto.
PROPOSTAS SELECIONADAS

COMO FUNCIONA?
- você inscreve sua proposta até dia 31 de janeiro
- serão selecionadas 12 propostas por um júri, sendo 3 propostas por categoria, os resultados serão divulgados no dia 11 de fevereiro
- preparação dos pitches de apresentação das 12 propostas, até dia 29 de março
- evento on-line de apresentação das propostas com votação pelo público participante, nos dias 30 e 31 de março
- as 4 propostas mais votadas, uma por categoria, ganham imediatamente R$2.000,00 + o que for arrecadado nas contribuições do público e um mês para tirar a sua ideia do papel
- um mês depois, será realizado um vídeo de cada projeto selecionado contando o que foi feito com o valor do prêmio. todo mundo que participou recebe o vídeo.
- além disso, um vídeo registrando todo o processo será disponibilizado nos canais das iniciativas realizadoras.
QUEM PODE SE INSCREVER?
Qualquer pessoa que esteja disposta a promover a sociobiodiversidade no Brasil, ou no Mercosul, com uma ideia possível de ser realizada em até 1 mês com R$2.000,00. Serão aceitos as inscrições de projetos até o dia 31 de janeiro, nas seguintes categorias:
A gastronomia sociobiodiversa está relacionada à cultura gastronômica do país, considerando as cozinhas que envolvem os conhecimentos de povos indígenas, de comunidades tradicionais, os produtos da sociobiodiversidade, como o pescado, o butiá, o tucupi, a guabiroba, a mandioca, a mangaba e tantos outros alimentos manejados nos diferentes biomas brasileiros.
Nesta categoria são aceitas propostas de todo o Brasil que dêem visibilidade à sociobiodiversidade usada nas cozinhas brasileiras, podendo ser propostas de todos envolvidos nos sistemas alimentares sustentáveis, como os agricultores, indígenas, quilombolas e mais povos tradicionais, beneficiadores de alimentos, feiras e espaços de comercialização, cozinheiras e cozinheiros, chefs, e/ou propostas que façam a .integração entre os diferentes elos dessas cadeias, chegando aos consumidores.
Foto: Tatiana Miranda Icecake sociobiodiverso – Bolo de juçara com sorvete de butiá, acompanhado de farofa de amendoim com gengibre |
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Jurados: Bruna Gewer – NEPGAS/PGDR/UFRGS
O Brasil apresenta uma imensa riqueza de biomas, ecossistemas e espécies com uso potencial no nosso cotidiano, além de grande diversidade cultural que maneja essas espécies e ambientes de forma sustentável. O “Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 12 – Consumo responsável” preconiza a importância dos consumidores terem consciência da origem e das características de sustentabilidade das cadeias produtivas dos produtos que consomem. Em especial aquelas espécies e produtos oriundos de cadeias produtivas justas, que envolvam a agricultura familiar, povos e comunidades tradicionais, empreendimentos e marcas que considerem estes princípios.
Nesta categoria são aceitas propostas de todo o Brasil que viabilizem diferentes usos da sociobiodiversidade como: a cosmética natural, medicinais e condimentares, fibras, tinturaria natural, movelaria, sementes e viveirismo, agroflorestas, entre outros. Esta categoria também recebe propostas que difundem a importância de integrarmos o uso de espécies nativas ao nosso cotidiano.
Picolés de frutas nativas da Cadeia Solidária das Frutas Nativas
Sabão artesanal de polpa de frutas nativas e ervas medicinais
O território do PAN Lagoas do Sul compreende a região litorânea do Rio Grande do Sul e sul de Santa Catarina. Neste território é característico o artesanato com fibras vegetais, escamas de peixe, petrechos da pesca e outros materiais elaborados por artesãs e artesãos, entre eles grupos de mulheres, indígenas, agricultores, entre outros. Nesta categoria são aceitas propostas que venham a dar maior visibilidade aos artesanatos, artistas, ambientes e sociobiodiversidade deste território, podendo ser propostas desses artesãos/artistas, e/ou propostas que façam o diálogo com essas produções.
De forma a facilitar o contato dos proponentes com os artesãos, segue alguns contatos identificados pela equipe de produção no Território do Pan Lagoas do Sul e registros de alguns dos seus belos trabalhos:
Artesanatos dos animais em extinção no território do PAN Lagoas do Sul (costa do RS e de SC)
Gato-do-mato – Leopardus guttulus
Gato-maracajá – Leopardus wiedii
Artesão: @artesanatos_bichos_do_pampa
Renan Coelho (53) 9185-6639
Casal de marrecos com ninho
Artesão: @artesanatos_bichos_do_pampa
Tartaruga-cabeçuda e Tartaruga-verde
Artesão: @artesanatos_bichos_do_pampa
Trabalho do Artesão- Eloir Artesão Mostardas.
(51) 9682-4035
Artesanatos com fibras vegetais: palha de bananeira, cipós, junco, taboa
Romarise Klein Artesã: (51) 98133-2561
Artesanato Guarani
Marizete Sta Vitória do Palmar: (53) 9946-2816
Maiores informações sobre o território do PAN Lagoas do Sul:
Conservação da biodiversidade e dos modos de vida sustentáveis nas lagoas do Sul do Brasil
Patrimônio socioambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí
O butiá é uma palmeira nativa muito utilizada para alimentação, produção de fibras, artesanato, inclusive foi responsável por parte da economia de muitos municípios no sul do Brasil e Uruguai por meio da crina de butiá para confecção de colchões e cordas para uso náutico. Ela é a principal espécie de formações vegetais denominadas butiazais, as quais estão sendo extintas. Para desenvolver ações de conservação e valorização pelo uso dessa espécie foi criada a Rota dos Butiazais, uma importante rede que envolve Brasil, Uruguai e Argentina.
Nesta categoria são aceitas propostas dos países que Mercosul que envolvam a versatilidade do uso do butiá, a promoção dos butiazais e/ou o fortalecimento da articulação das ações para a promoção e valorização dos butiazais.
Butiazais de Rocha, Uruguai
Foto: Gabriela Coelho
Foto: Quadro de Rodrigo Moraes
Informações sobre o butiá no livro Dinâmicas socioambientais no PAN Lagoas do Sul (em elaboração)
Maiores informações sobre a Rota dos Butiazais:
LIVES INFORMATIVAS DAS CATEGORIAS
GASTRONOMIA SOCIOBIODIVERSA
DA MATA AO COTIDIANO
ARTE/ARTESANATO NO PAN LAGOAS DO SUL
BUTIÁ EM DESTAQUE
Notícias divulgam o ME CONTA
EQUIPE DE PRODUÇÃO - AsSsAN Círculo
Coordenação : Gabriela Coelho
Vice-coordenação Danielle Finamor
Ana Julia Salheb
Juliane Salapata Duarte
Letícia Stasiak
Litiane Peres
Mariana Muhlenberg Soares
Silvana Granja – jornalista
EQUIPE DE PRODUÇÃO - Associação Cultural Vila Flores
Coordenação: Antonia Wallig
Roberta Dias
Maiara
