DADOS GERAIS
Denominação: Museu da UFRGS
Endereço: Av. Oswaldo Aranha, 277, Campus Centro – Quarteirão 2
Bairro: Farroupilha
Município: Porto Alegre – RS
Autor: Manoel Barbosa Assumpção Itaqui (presumível)
Área construída: 550m2
Código do Prédio: 12104
Reinauguração após o processo de restauração: 15/08/2002
SITUAÇÃO E AMBIÊNCIA
Na movimentada esquina da Av. Osvaldo Aranha com a Av. Paulo Gama, próximo ao Túnel da Conceição, encontra-se o prédio que foi a primeira construção do atual 2º Quarteirão do Campus Centro da UFRGS.
As alterações ocorridas no sistema viário e no entorno da edificação foram significativas, porém ele conservou o destaque que sempre teve na paisagem urbana. Hoje a fachada encontra-se implantada no alinhamento do passeio público, deixando de existir o muro e o belo gradil que marcavam o limite do terreno original.
Seguindo pela Av. Osvaldo Aranha esse prédio, junto com a Capela do Bom Fim (1867/1883) e o Instituto de Educação General Flores da Cunha (1936) é uma das poucas edificações remanescentes, construídas na face norte do Campo da Redenção.
HISTÓRICO
O pavilhão para aulas práticas, designado Laboratório de Resistência dos Materiais da Escola de Engenharia, foi construído entre 1910 e 1913.
Com equipamentos importados da Europa o Laboratório constituiu-se em órgão de vanguarda na pesquisa de novas tecnologias no início do século.
Além de atividades didáticas, a finalidade do Laboratório era a prestação de serviços de avaliação da qualidade e resistência dos materiais para a construção civil.
Em dezembro de 1942 é criado oficialmente o Instituto Tecnológico do Rio Grande do Sul (ITERS) que se instalou no prédio. Realizava pesquisas de caráter experimental de interesse para a indústria e também para a construção civil.
O ITERS, atual Fundação de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio Grande do Sul (CIENTEC) foi mantido sob a jurisdição estadual quando ocorreu a federalização da Universidade, em 1950.
O espaço abrigou a Sala de Máquinas, depois chamada Laboratório de Metalúrgica, daquele Instituto, até o início de 1966.
No período de 1977 a 1996, a edificação foi ocupada pelo primeiro Curso Latino-Americano em Tecnologia do Couro, passando a ser conhecida como Curtumes e Tanantes.
No período de 1996 a 1999 o prédio esteve interditado por não apresentar mais condições de uso. A partir desse último ano, foram iniciadas as obras de restauração, que culminaram na entrega do prédio à comunidade em 2002.
O PRÉDIO
O prédio, conhecido antigamente como Curtumes e Tanantes, é o marco inicial das obras de restauração e recuperação dos prédios históricos, inserido no projeto Resgate do Patrimônio Histórico e Cultural da UFRGS.
O edifício é formado por um conjunto de três volumes. O corpo principal, de um pavimento, com pé-direito alto, destaca-se como volume único, recebendo elementos ornamentais na fachada frontal.
No ano de 1919 houve uma ampliação na construção para comportar: seções de preparação dos proventes e oficina mecânica, outra de ensaios físicos, sala de aula, museu e um arquivo.
A ampliação constou de um segundo volume, composto de dois pavimentos, e um terceiro, mais baixo, de um só pavimento, ambos marcados pela simplicidade decorativa.
No prédio de concepção simples, destacam-se a fachada norte, a treliça polonceau e os arcos abatidos.
Na fachada norte o ritmo é marcado por seis pilastras, ornamentadas com medalhões e monogramas em relevo.
A simetria é assinalada pelo frontão central, cimbrado e em arco, decorado com uma pintura simbolizando o trabalho.
As janelas com fechamento em esquadrias de ferro e vidro, originais, proporcionam farta iluminação no volume principal. As portas são em madeira, de verga reta e com bandeira fixa fechada com vidro, similares às janelas.