A ocorrência desta situação de indefinição é que permite a realização de estudos clínicos aleatorizados comparativos, isto é, os ensaios clínicos randomizados.com novas drogas ou procedimentos. Esta comparação só é eticamente adequada enquanto a dúvida persistir. Quando houver uma evidência de que um dos tratamentos é mais eficaz, ou de maior risco para os participantes, o estudo deve ser interrompido devido ao fato das drogas ou procedimentos em teste não serem mais equipolentes. É a equipolência que pode justificar ou não a utilização de placebo em pesquisa. Esta é uma característica que se agrega aos cuidados com a privacidade dos participantes e com a obtenção do consentimento informado para determinar a adequação ética de um projeto de pesquisa.
A Equipolência não implica em equivalência entre os métodos ou procedimentos, mas sim em um estado de incerteza, de falta de convicção para estabelecer uma escolha.
O Prof. Robert
Veatch propõe que haja uma outra forma de se abordar a equipolência,
desde o ponto de vista do participante do projeto. Os estudos comparativos
aleatórios somente poderão ser realizados quando há
equipolência de métodos, avaliada desde o ponto de vista do
pesquisador, e desde que não haja preferência pelo uso de
qualquer um dos métodos proposto pelo participante. Os participantes
que se declararem indiferentes frente a qualquer uma das opções
é que poderão ser aleatorizados..
Texto incluído em 29/04/2001
e atualizado em 21/09/2001
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