JU e UFRGS TV conquistam troféus no 65.º Prêmio ARI/Banrisul de Jornalismo

Comunicação pública | Veículos de comunicação da UFRGS foram reconhecidos em uma das importantes premiações do jornalismo gaúcho

*Prêmio reconheceu o trabalho de profissonais e estudantes de Jornalismo (Foto: Mariana Czamanski)

O Jornal da Universidade e a UFRGS TV foram reconhecidos no 65.º Prêmio ARI/Banrisul de Jornalismo. O JU foi premiado nas categorias Reportagem Cultural e Reportagem em Texto Universitário; a UFRGS TV recebeu o Grande Prêmio ARI/Banrisul de Jornalismo Universitário e teve dois trabalhos premiados na categoria Reportagem em Vídeo Universitário. A solenidade de premiação ocorreu nesta terça-feira, 19 de dezembro, no Palácio da Justiça, em Porto Alegre.

Pelo JU, o texto Continente africano foi precursor da ideia de educação superior, mas Europa leva referência por instituir seu modelo ao mundo, do repórter Elstor Hanzen, recebeu o primeiro lugar na categoria Reportagem Cultural; e Djalma do Alegrete: “o marginal glorificado” do Rio Grande do Sul, do estudante de Jornalismo da UFRGS Alexandre Briozo Gomes Filho, foi o segundo colocado em Reportagem em Texto Universitário.

A reportagem de Elstor reflete sobre o apagamento da contribuição africana e a imposição do paradigma eurocêntrico no sistema educacional. O texto, publicado em 25 de maio deste ano, foi parte da edição alusiva à Semana da África na UFRGS. Ex-bolsista de pós-graduação do JU, Elstor recebeu diversos prêmios por matérias publicadas no Jornal: em 2023, além do Prêmio ARI, ele conquistou o primeiro lugar no Prêmio Amrigs de Jornalismo e a segunda colocação no Prêmio Sema-Fepam de Jornalismo Ambiental. No ano passado, ele recebeu o terceiro lugar na categoria Reportagem Econômica do Prêmio ARI/Banrisul de Jornalismo. Para Elstor, ganhar o prêmio ARI é o ápice do jornalismo gaúcho. “Em meio a tantos inscritos, ser contemplado mostra a importância do conteúdo aprofundado”, destaca, completando que poucos veículos menores, não-comerciais, foram reconhecidos nesta edição do prêmio.

Elstor Hanzen (C) recebeu o primeiro lugar na categoria Reportagem Cultural (Foto: Mariana Czamanski)

Já o texto de Alexandre resgatou a história de Djalma do Alegrete, homem negro, homossexual e artista multifacetado, que atuou como pintor, cenógrafo, poeta, ator, carnavalesco, figurinista e professor. A reportagem integrou a edição especial de Carnaval, publicada pelo JU em 16 de fevereiro. À época da produção do texto, Alexandre era bolsista de reportagem do JU; atualmente, segue trabalhando no Jornal, agora como bolsista de divulgação científica. O estudante também conquistou o quarto lugar na categoria Reportagem em Áudio Universitário, com o radiodocumentário Nós não caminhamos sós: memória do Hospital Colônia Itapuã, produzido para a disciplina de Radiojornalismo II da Fabico.

Estudante do 6.º semestre de Jornalismo na UFRGS, Alexandre destaca que, além do reconhecimento do trabalho em si, o prêmio reconhece a alteridade da profissão. “Resgatar a história do Djalma do Alegrete foi um trabalho de pesquisa, de verificação, que eu consegui executar graças às fontes que tive e com a orientação dos meus mentores do jornal”, afirma. “Meus 14 meses de experiência no JU têm sido dos mais enriquecedores. O JU é minha primeira redação, uma das minhas primeiras raízes no jornalismo. Quaisquer formas de reconhecimento pelo meu trabalho que venha em minha direção nos amanhãs, o JU vai ter sua parte nisso”, completa.

Alexandre Briozo Gomes Filho (E) foi premiado na categoria Jornalismo em Texto Universitário (Foto: Mariana Czamanski)

A UFRGS TV teve duas produções premiadas na categoria Reportagem em Vídeo Universitário: Entregadores por aplicativo, de Nikelly de Souza e Guilherme Jacques, que debate a legislação e as perspectivas de futuro para entregadores de aplicativos, recebeu o primeiro lugar e, também, o Grande Prêmio de Jornalismo Universitário. Já a produção Meu Lugar na UFRGS com o mestrando em Antropologia Social e catador Alex Cardoso, produzido por Nikelly de Souza, recebeu menção honrosa. A série Meu Lugar na UFRGS é realizada em parceria com o JU.

Nikelly de Souza e Guilherme Jacques, da UFRGS TV (Foto: Pedro Alt)

Para o editor-chefe do JU, Everton Cardoso, essas premiações representam uma importante distinção para o jornalismo realizado por veículos ligados ao serviço público. “A UFRGS é uma referência nacional na pesquisa e no debate sobre comunicação pública, e esse reconhecimento à produção jornalística da Universidade nos incentiva a seguir nesse caminho para que também sejamos relevantes”, avalia. Everton lembra que a atuação de Elstor e Alexandre no JU foi possível graças ao financiamento e apoio da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) e da Pró-reitoria de Pesquisa (Propesq). “Fazer jornalismo na UFRGS é um esforço coletivo dos profissionais da Secretaria de Comunicação Social com outros setores, e estabelecer parcerias que valorizam a imprensa livre, autônoma e de qualidade é fundamental para que possamos realizar os objetivos de uma instituição federal de ensino superior do patamar e do impacto social como a nossa”, pontua.

O diretor da UFRGS TV, Fernando Favaretto, aponta que uma das principais funções da Universidade é formar profissionais e orientar estudantes em suas escolhas. “Ver nossos bolsistas sendo premiados, com trabalhos que fizeram na UFRGS, envolvendo pessoas que trabalham e estudam aqui, permitindo reflexões sobre temas de interesse público, é uma satisfação muito grande. Tudo que a gente quer é que os futuros profissionais atuem positivamente na sociedade, a partir da dimensão ética e transformadora do jornalismo, e esses prêmios mostram que estamos no caminho certo”, completa.

Ex-bolsistas que integraram a equipe do JU também foram premiadas por trabalhos de graduação ou publicados em outros veículos. São elas: Carolina Zanette Dill, Fernanda Simoneto Machado, Gabriela Sardi Jarzynski, Letícia Menezes Pasuch, Victoria Armando e Victoria Rodrigues.

Em sua 65.ª edição, o Prêmio ARI/Banrisul de Jornalismo é uma das mais importantes premiações da área no Estado. Concedida anualmente pela Associação Riograndense de Imprensa, a distinção reconhece a produção de profissionais e estudantes de Jornalismo. Neste ano, foram 410 trabalhos inscritos, que concorreram em 14 categorias profissionais e 5 universitárias. Confira a relação com todos os premiados.