Esforços sem precedentes no estudo da COVID-19 possibilitaram que os cientistas aprendessem uma quantidade extraordinária de informações sobre o novo coronavírus em um curto período. Isso possibilitou a alteração de alguns dos pressupostos iniciais sobre a COVID-19.
Nos primeiros dias da pandemia, foi reportado que o novo coronavírus não se transmitia facilmente de pessoa a pessoa. Em janeiro de 2020, ficou claro que o vírus passava de uma pessoa para outra, mesmo antes dos sintomas aparecerem. Pessoas que não tinham sintomas também podiam transmitir o vírus.
Antes se achava que o novo coronavírus se disseminaria a partir de pessoas com sintomas, como tosse, ou durante procedimentos médicos, como intubação. Atualmente, além das células pulmonares, sabe-se que o SARS-CoV-2 pode também infectar células no nariz, o que pode explicar como pessoas transmitem o vírus para outras antes de ficarem doentes. A fala ou a respiração podem ser suficientes para espalhar o vírus.
No início, os primeiros sinais da doença incluíam febre, dificuldade em respirar ou tosse. Agora sabe-se que um número maior de sintomas, incluindo fadiga, diarreia e dores no corpo, pode sugerir que uma pessoa tenha COVID-19. Um dos sinais mais claros pode ser perda de olfato e paladar.
Antes idosos acima de 65 anos estavam no grupo de maior risco para desenvolvimento de doença severa. Agora se sabe que a idade ainda é um fator de risco para sintomas severos, mas condições predisponentes, como hipertensão, obesidade e diabetes, também aumentam o risco. Disparidades raciais também vieram à tona. Populações negras e indígenas estão sendo infectadas em taxas mais elevadas do que populações brancas.
FONTE: Here’s what we’ve learned in six months of COVID-19 — and what we still don’t know. Erin Garcia de Jesus. ScienceNews JUNE 30, 2020. https://www.sciencenews.org/article/coronavirus-covid-19-pandemic-six-months-what-we-know